Nirvana - Nevermind(1991)

Posted by Thales S. | Posted in , | Posted on 19:53



01 - Smells Like Teen Spirit
02 - In Bloom
03 - Come as you Are
04 - Breed
05 - Lithium
06 - Polly
07 - Territorial Pissings
08 - Drain You
09 - Lounge Act
10 - Stay Away
11 - On a Plain
12 - Something in the Way

É engraçado. Ainda hoje, mais de dez anos passados do advento daquilo que prometeu ser a mais arrebatadora e manifesta forma de revolução do rock desde o punk, e que respondia pelo nome de grunge, eu continuo pensando sobre que fim atingiu todo aquele arremedo de movimento (pretensamente embasado, é óbvio, pelos órgãos da imprensa mundial) no panorama geral da música pop do final do século XX / início do novo milênio.Alguma coisa aponta para uma maior equalização, ou presença mais forte e dominante, das guitarras, de modo geral, na produção pop dos últimos treze ou catorze anos. Me detenho mais um pouco e começo a imaginar, também, em como todas estas bandas “independentes” ou “alternativas” – e sei lá se, um dia, qualquer uma já não tenha sido isto, tirando aquelas que já nasceram com algum apresentador de TV ou promoter na mamadeira – poderiam ter chegado aos píncaros da glória de hoje em dia, caso aquilo tudo não tivesse acontecido nos anos 90. Exemplos pululam: Silverchair, Strokes, Supergrass, ou mesmo os festejados Vines. Os ancestrais Red Hot Chilli Peppers, que ainda são daquela onda de funk metal, anterior até ao Faith No More, mas que só depois de Cobain e cia. começaram a, realmente, colher os louros da fama. No Brasil, um sem número de grupos: Raimundos, Skank, Los Hermanos, Jota Quest etc... É tanta gente que, fazendo mais ou menos rock, abusou um pouquinho demais daquele som mais forte de guitarras e do esquemão do it yourself das bandas de garagem, e chegou lá! E que chegou depois que mídia e indústria fonográfica notaram a força deste mercado, ehr... (mais uma vez usemos esse palavrão, tanto em sentido gramaticalmente métrico quanto pejorativo) alternativo. Mercado este que surgiu, em um boom tão forte jamais visto justamente desde o punk rock dos anos 70, exatamente após o lançamento deste tal disco – o “Nevermind”, do Nirvana.Devo confessar que não é o meu preferido da banda, apesar de 90% da população do globo terrestre o aclamar como o mais perfeito exemplo da música do grupo. Como fã, ainda continuo preferindo o último deles, “In Útero”, por uma pá de coisas: o tipo de som alcançado, a vontade de experimentar e chutar o pau da barraca após o pleno reconhecimento (e encheção de saco) de todos, as parábolas neuróticas em tom de música pop que seriam o testamento de Kurt Cobain, etc. e tal. Mas, ao tentar deitar algumas linhas para escrever algo sobre o Nirvana para este prestigiado blog, me sinto obrigado a dizer que, para comentar um item básico na discografia deles, não adianta: eu teria que falar mesmo sobre o “Nevermind”, que mudou tudo na história do rock. Isso sim é disco básico.

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Nota:8,5

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